Efeitos Fisiológicos do Frio - Crioterapia
Todo e qualquer uso de gelo ou aplicação de frio que resulta em remoção do calor corporal, diminuindo assim, a temperatura dos tecidos e utilizado para fins terapêuticos é denominado crioterapia.
Modos de Aplicação
A crioterapia pode ser aplicada de acordo com os seguintes métodos: bolsas de gelo; compressas de gelo; compressas de cubos de gelo artificial; compressas frias químicas; imersão em gelo; massagem com gelo; aparelhos de frio; sprays refrigerantes; bandagens com sprays refrigerantes.
Efeitos Fisiológicos
Efeitos Inflamatórios
A a crioterapia reduz o processo inflamatório agudo principalmente nos traumatismo agudo, sendo que a aplicação da crioterapia sobre a área lesada tem a ação antiinflamatória por diminuir o metabolismo além de se opor a vasodilatação inflamatória.
Efeitos Circulatórios
A crioterapia induz espasmos vasculares, que diminuem o calibre das arteriolas e aumentam a adesividade das células endoteliais diminuindo assim o fluxo sanguíneo adjacente e a permeabilidade vascular que fazem parte dos efeitos essenciais para instalação do processo inflamatório. A mudança da temperatura dos tecidos causa diminuição do metabolismo, das ações químicas das células e consequentemente da quantidade de oxigênio e de nutrientes. O decréscimo do fluxo através da lesão dos vasos limita o edema; há menor liberação de histamina e interrupção no processo de evolução da rotura do capilar, o que normalmente ocorreria após a lesão. Há melhor drenagem linfática devida menor pressão no líquido extravascular.
Redução de Edema
A permeabilidade vascular é significantemente reduzida com a aplicação de frio, desta forma limitando a migração leucocitária. Sem a efetiva ação leucocitária no tecido lesado, o processo digestivo de detritos celulares e de outros materiais é diminuído. Desta maneira ocorre a contenção do processo de liberação de proteínas livres, reduzindo assim os efeitos das mesmas sobre a pressão oncótica do tecido, modulando a formação de edema.
Diminuição do Metabolismo Tecidual
Um dos efeitos mais importantes do frio sobre o organismo é a diminuição metabólica tecidual, ocasionado pelo menor consumo de oxigênio por parte dos tecidos lesados. A crioterapia nesses casos visa diminuição metabólica, objetivando que os tecidos lesados que estão submetidos a irrigação sanguínea precária, possam diminuir seu gasto metabólico e possa sobreviver por mais tempo. A hipotermia reduz a necessidade de energia celular, assim o consumo de oxigênio pelo tecido, desta forma quanto mais baixa a temperatura tecidual, mais profunda será a depressão tecidual. A relação temperatura e captação de oxigênio é inversamente proporcional, sendo que quanto menor a temperatura tecidual, maior a captação de oxigênio pela célula.
O uso da crioterapia nas primeiras 24 a 48 horas após o trauma leva a uma diminuição no índice metabólico e consequentemente a uma diminuição da lesão hipóxica secundária. O CO² é um dos mais importantes metabólicos do organismo, com o uso da crioterapia, este sofrerá alterações que acarretarão na diminuição da sua concentração, levando a um aumento do tônus vascular e consequentemente a uma diminuição do seu diâmetro, ou seja, uma vasoconstrição.
Decréscimo da Dor e Espasmo Muscular
O resfriamento faz com que ocorra um aumento na duração do potencial de ação dos nervos sensoriais, e consequentemente um aumento do período refratário, acarretando uma diminuição na quantidade de fibras que irão despolizar no mesmo período de tempo. Conclui-se então, que, ocorre uma diminuição na frequência de transmissão do impulso e uma diminuição da sensibilidade dolorosa. A aplicação do gelo faz com que aumente o limiar de excitação das células nervosas em função do tempo de aplicação, ou seja, quanto maior o tempo, menor a transmissão dos impulsos relacionados à temperatura o que pode gerar analgesia ou diminuição da dor. Sendo assim, o frio age com afeito analgésico por atuar diretamente nas terminações nervosas, diminuindo a velocidade condutora das fibras nervosas e por estimulação competitiva nos mecanismos de comporta. A hipotermia nos músculos, reduz a velocidade de disparo das fibras nervosas do tipo Ia do fuso muscular favorecendo a redução espasmódica, que ocorre na relação de 1.86 m/s por grau Célcius.
Conclusão
Crioterapia = efeitos moduladores através da vasoconstrição, redução da hipóxia secundária, que ocorrem com indução de espasmos vasculares, que diminuem o calibre das arteriolas e aumentam a adesividade entre as células endoteliais, diminuindo o fluxo sanguíneo adjacente e a permeabilidade vascular.
Autores: Luciano Martins Fernandes e Alexandre F. Zaboti
Modos de Aplicação
A crioterapia pode ser aplicada de acordo com os seguintes métodos: bolsas de gelo; compressas de gelo; compressas de cubos de gelo artificial; compressas frias químicas; imersão em gelo; massagem com gelo; aparelhos de frio; sprays refrigerantes; bandagens com sprays refrigerantes.
Efeitos Fisiológicos
Efeitos Inflamatórios
A a crioterapia reduz o processo inflamatório agudo principalmente nos traumatismo agudo, sendo que a aplicação da crioterapia sobre a área lesada tem a ação antiinflamatória por diminuir o metabolismo além de se opor a vasodilatação inflamatória.
Efeitos Circulatórios
A crioterapia induz espasmos vasculares, que diminuem o calibre das arteriolas e aumentam a adesividade das células endoteliais diminuindo assim o fluxo sanguíneo adjacente e a permeabilidade vascular que fazem parte dos efeitos essenciais para instalação do processo inflamatório. A mudança da temperatura dos tecidos causa diminuição do metabolismo, das ações químicas das células e consequentemente da quantidade de oxigênio e de nutrientes. O decréscimo do fluxo através da lesão dos vasos limita o edema; há menor liberação de histamina e interrupção no processo de evolução da rotura do capilar, o que normalmente ocorreria após a lesão. Há melhor drenagem linfática devida menor pressão no líquido extravascular.
Redução de Edema
A permeabilidade vascular é significantemente reduzida com a aplicação de frio, desta forma limitando a migração leucocitária. Sem a efetiva ação leucocitária no tecido lesado, o processo digestivo de detritos celulares e de outros materiais é diminuído. Desta maneira ocorre a contenção do processo de liberação de proteínas livres, reduzindo assim os efeitos das mesmas sobre a pressão oncótica do tecido, modulando a formação de edema.
Diminuição do Metabolismo Tecidual
Um dos efeitos mais importantes do frio sobre o organismo é a diminuição metabólica tecidual, ocasionado pelo menor consumo de oxigênio por parte dos tecidos lesados. A crioterapia nesses casos visa diminuição metabólica, objetivando que os tecidos lesados que estão submetidos a irrigação sanguínea precária, possam diminuir seu gasto metabólico e possa sobreviver por mais tempo. A hipotermia reduz a necessidade de energia celular, assim o consumo de oxigênio pelo tecido, desta forma quanto mais baixa a temperatura tecidual, mais profunda será a depressão tecidual. A relação temperatura e captação de oxigênio é inversamente proporcional, sendo que quanto menor a temperatura tecidual, maior a captação de oxigênio pela célula.
O uso da crioterapia nas primeiras 24 a 48 horas após o trauma leva a uma diminuição no índice metabólico e consequentemente a uma diminuição da lesão hipóxica secundária. O CO² é um dos mais importantes metabólicos do organismo, com o uso da crioterapia, este sofrerá alterações que acarretarão na diminuição da sua concentração, levando a um aumento do tônus vascular e consequentemente a uma diminuição do seu diâmetro, ou seja, uma vasoconstrição.
Decréscimo da Dor e Espasmo Muscular
O resfriamento faz com que ocorra um aumento na duração do potencial de ação dos nervos sensoriais, e consequentemente um aumento do período refratário, acarretando uma diminuição na quantidade de fibras que irão despolizar no mesmo período de tempo. Conclui-se então, que, ocorre uma diminuição na frequência de transmissão do impulso e uma diminuição da sensibilidade dolorosa. A aplicação do gelo faz com que aumente o limiar de excitação das células nervosas em função do tempo de aplicação, ou seja, quanto maior o tempo, menor a transmissão dos impulsos relacionados à temperatura o que pode gerar analgesia ou diminuição da dor. Sendo assim, o frio age com afeito analgésico por atuar diretamente nas terminações nervosas, diminuindo a velocidade condutora das fibras nervosas e por estimulação competitiva nos mecanismos de comporta. A hipotermia nos músculos, reduz a velocidade de disparo das fibras nervosas do tipo Ia do fuso muscular favorecendo a redução espasmódica, que ocorre na relação de 1.86 m/s por grau Célcius.
Conclusão
Crioterapia = efeitos moduladores através da vasoconstrição, redução da hipóxia secundária, que ocorrem com indução de espasmos vasculares, que diminuem o calibre das arteriolas e aumentam a adesividade entre as células endoteliais, diminuindo o fluxo sanguíneo adjacente e a permeabilidade vascular.
Autores: Luciano Martins Fernandes e Alexandre F. Zaboti
Por favor, poderia disponibilizar a referência deste texto? Obrigada.
Olá! Por favor poderia disponibilizar a referência deste texto? Obrigada!
Veronica,
É de um trabalho com os Autores: Luciano Martins Fernandes e Alexandre F. Zaboti
Este é o lindo do trabalho
http://www.fisio-tb.unisul.br/Tccs/03a/luciano/artigolucianomartinsfernandes.pdf
Gostaria de saber qual a data desta publicação. grata
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