Cisto de Baker e fisioterapia
O cisto (cavidade fechada onde se
acumula líquido, podendo ocorrer em qualquer parte do corpo, apesar de ser mais
comum em glândulas e órgãos que secretam líquido) de Baker corresponde a um
cisto localizado entre a cabeça medial do músculo gastrocnêmio e o tendão do
semimembranoso. O líquido localizado em seu interior é viscoso e com alta
concentração de fibrina. O interior do cisto pode apresentar lobulações e suas
paredes variam de 2 a 8mm.
A formação do cisto de Baker é
explicada pela presença de uma conexão entre a articulação do joelho e uma
bursa (é uma pequena bolsa cheia de líquido (sinóvia) ) entre o músculo
gastrocnêmio e o tendão do semitendíneo permitindo o fluxo de líquido. Existe
um efeito de válvula entre o cisto e a articulação, decorrente da ação dos
músculos semitendíneo e gastrocnêmio. Durante a flexão a "válvula" se
abre e durante a flexão a "válvula" se fecha pela tensão desses
músculos. Além disso, a pressão intra-articular do joelho interfere na formação
e no enchimento dos cistos poplíteos. A pressão intra-articular durante a
flexão parcial do joelho é negativa (- 6mmHg), tornando-se positiva com a
extensão do joelho (16mmHg). Assim, esses três fatores - presença da
comunicação entre a articulação e a bursa, efeito de "válvula" e
variação da pressão intra-articular do joelho - correspondem à explicação
patofisiológica da formação dos cistos de Baker.
Quadro Clínico
Nos adultos, esses cistos podem
causar dor e sensação de pressão na região posterior do joelho. Os sintomas são
mais intensos ao estender a articulação ou durante a prática de atividades
físicas.
Na maioria das vezes, as queixas
queixas clínicas não se relacionam ao cisto, mas são direcionadas ao problema
associado à ele. Assim, as queixas relacionadas à osteoartrite ou à lesão
meniscal são mais frequentes.
Quando ocorre rotura do cisto de
Baker, o quadro clínico consiste em dor abrupta e intensa na região posterior
do joelho e da panturrilha. Esse quadro muitas vezes se confunde com o
diagnóstico de trombose venosa profunda. Em ambas as situações clínicas pode
ocorrer aumento de volume e empastamento da panturrilha.
Nos cistos de Baker de grande
volume pode ocorrer compressão de estruturas associadas e sintomas clínicos
decorrentes desta. Esse quadro é raro, mas deve ser suspeitado quando há
correlação entre os sintomas compressivos e a localização do cisto.
Para o exame físico, devemos
avaliar o paciente em decúbito ventral e realizar a palpação do joelho em
extensão e em flexão de 90 graus. Palpa-se uma massa arredondada, móvel, com
sensação de conteúdo líquido e de bordas bem delimitadas. O cisto tende a
desaparecer ou diminuir com a flexão de 45 graus do joelho (sinal de Foucher).
Este teste é útil para distinguir os cistos de Baker de massas sólidas e fixas
que não mudam de posição.
Sinais e sintomas
Inchaço visível e perceptível ao
toque na face posterior do joelho;
Inchaço à volta do joelho;
Sensação de joelho “preso” e
dificuldade em dobra-lo;
Em geral, quanto maior for o cisto
de Baker, mais provável é produzir sintomas. Algumas pessoas também sentem dor
ao redor da área do joelho. Menos frequente é a sensação de estalos ou bloqueio
do joelho. Este tipo de sintomas está mais relacionado com um problema
primário, como a artrose do joelho. Deve-se também descartar a hipótese de uma trombose
venosa profunda.
Diagnótico
O diagnóstico é realizado através
da palpação identificando um nódulo palpável, ou através de uma
Ultra-sonografia e/ou Ressonância Magnética.
A ultrassonografia permite
delimitar o tamanho e a localização do cisto de Baker. Geralmente, não há
necessidade de exame subsidiário adicional. A ultrassonografia permite avaliar
o conteúdo do tumor, podendo se distinguir cistos com conteúdos líquidos de
massas sólidas.
A radiografia não possui
finalidade diagnóstica nos casos de cistos de Baker.
Tratamento Fisioterapêutico
O foco principal da fisioterapia
na reabilitação do Cisto de Baker é tratar a lesão primária geradora do cisto.
Na fase inicial, o tratamento
visa reduzir o edema e a dor, utilizando todos os recursos terapêuticos
disponíveis, como por – exemplo a eletroterapia, fototerapia, crioterapia,
bandagem funcional entre outras. Os alongamentos podem ser realizados com
cuidado, precavendo-se sempre de que não ocorra atrito entre os músculos
gastrocnêmio e semimenbranoso para não haver pressão sobre o cisto.
Gelo: Aplique uma compressa de
gelo na área lesada, colocando uma toalha fina entre o gelo e a pele. Use o
gelo por 20 minutos e depois espere pelo menos 40 minutos antes de aplicar gelo
novamente.
TENS convencional
Ulta-som
Quando abolido o quadro
inflamatório, focar na musculatura posterior do MMII, pois é necessária uma boa
flexibilidade para evitar sobrecarga nas bainhas sinoviais, provocadas
principalmente pelos musculos semitendíneo e semimembranoso.
Exercícios terapêuticos para cisto de Baker
Deverão ser realizados 2 a 3
vezes por dia e apenas na condição de não causarem ou aumentarem os sintomas.
Alongamento ativo da cadeia posterior
Deitado, com um elástico na ponta
do pé, com a coxa e joelho dobrados a 90º. Mantenha a tensão no elástico
enquanto estica o mais possível o joelho, puxado a ponta do pé para si.
Mantenha a posição durante 20 segundos.
Repita entre 5 a 10 vezes, desde
que não desperte nenhum sintoma.
Fortalecimento dos ísquio-tibiais
Deitado, com o elástico preso
atrás do calcanhar. Puxe o pé para si e deixe-o voltar lentamente à posição
inicial.
Repita entre 8 e 12 vezes, desde
que não desperte nenhum sintoma.
Propriocepção do membro inferior
Em pé, apoiado na perna lesada e
com esse joelho ligeiramente dobrado. Com a ponta do outro pé tente desenhar um
círculo no chão, com o maior diâmetro possível e em que o pé apoiado fique no
seu interior.
Repita entre 5 a 10 vezes, desde
que não desperte nenhum sintoma.
Consulte sempre um Fisioterapeuta
Fontes
eu tenho um cisto de baker cm 4,5cm na panturrilha,ja tomei varios medicamentos e não resolveu...sinto dores horriveis e minha perna vive inchada diariamente o q tenho q fazer?
o calor é contraindicado no cisto de baker?
e o ultrasom? cono utilizá-lo nesse caso?
por gentileza, responda-me !
Não nem o calor nem o ultrassom são contra indicados a não ser que vc esteje com alguma inflamação em fase aguda
Há alguma relação do Cisto de Backer com patologias que geram o aumento do tônus muscular, com Parkinson, por exemplo?
Estou com isso embora não goste. Em mim atacou a frente do joelho, com um aumento significativo na pele. Disseram ser um "Cisto de Baker - Derrame articular que mede 3,5 cm no seu maior eixo (Como um cravo enorme endurecido)...Rotura radial na transição, degeneração #intrassubstancial do menisco lateral, (Graus II/III) lesões condrais (grau III)...Só comecei a fisioterapia à dois dias, mas já algum tempo tenho tomado vários remédios, que não alivia a dor em nada, para sentar ou levantar, conforme a altura da cadeira ou do vaso sanitário, só com a bengala. Não há posição confortável para dormir, as vezes quando encontro uma posição e consigo cochilar um pouquinho, acordo com câimbras fortes na outra perna, pois é ela e uma bengala que tem aguentado o "arrocho"...Tá difícil...aaiii...affff
Fui diagnosticada com isso na ressonancia
No começo ate sentia dores
Agora passou
O visto continua la
Quietinho com seus seis centimetros..Tinha dado derrame dele porem acho que ja passou pois a panturrilha parou de doer!Nao vou ficar quieta em repouso pois isso so piora!Estou fazendo pilates,voltei ao meu jiu jitsu e ao jazz e semana que vem retorno o muay thai!O cisto que se dane!A vida é curta
Ja tive isso na perna esquerda e agora na perna dreita .
Doi pra disgraça e de chorar .
Isso pode repetir ?
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