CPAP em sala de parto
A aplicação de CPAP em recém-nascidos
prematuros (RNPT) ajuda a manter os alvéolos dos pulmões imaturos e deficientes
em surfactante não colapsados, evitando o atelectrauma.
Metanálise de três ensaios
clínicos e um estudo observacional, que analisaram o uso de CPAP versus
intubação e ventilação na sala de parto em 2.782 neonatos <32 semanas,
mostrou que CPAP reduz a necessidade de ventilação mecânica e de surfactante no
período neonatal, sem elevar a incidência de pneumotórax.
CPAP iniciado em sala de
parto diminui a dependência de oxigênio com 36 semanas ou óbito hospitalar:
para cada 25 RNPT que recebem CPAP, em vez de serem intubados e ventilados na
sala de parto, um bebê a mais pode sobreviver sem displasia broncopulmonar com
36 semanas de idade gestacional corrigida.
Com base nesses dados,
indica-se o uso de CPAP em RNPT <34 semanas que apresentam respiração
espontânea e FC >100 bpm, mas que mostram desconforto respiratório e/ou SatO²
abaixo da esperada na transição normal, logo após o nascimento.
A aplicação de CPAP pode ser
feita por meio da máscara conectada ao circuito do ventilador mecânico manual
em T, com pressão de 4-6 cmH²O e fluxo gasoso de 5-15 L/minuto, estando a
máscara firmemente ajustada à face do paciente. A quantidade de oxigênio a ser
ofertada deve ser a menor possível para manter a SatO² dentro dos limites
estabelecidos no Quadro abaixo.
Vale lembrar que não é
possível aplicar CPAP por meio do balão auto-inflável e que o uso de prongas
nasais na sala de parto, como interface para a aplicação de CPAP, é possível,
mas de difícil fixação.
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