Prevenção da transmissão de microrganismos em UTI
1.
Prevenção da transmissão bacteriana pessoa
a pessoa
-
Higiene de mãos
•
Realizar
a HM antes e após manipular artigos ou prestar atendimento ao
paciente, independentemente do uso de luvas. Se as mãos não
estiverem com sujidade visível, deverá ser realizada
preferencialmente com álcool gel, do contrário realizá-la com água
e sabonete líquido.
-
Obedecer às precauções padrão
2.
Cuidados com os equipamentos respiratórios
•
Esterilização
ou desinfecção e manutenção de artigos e equipamentos de
assistência respiratória
-
Medidas gerais indicadas para procedimento de limpeza, desinfecção
e esterilização dos equipamentos de assistência respiratória.
Fase
1
Realizar
limpeza de todos os artigos
e equipamentos a serem esterilizados ou desinfetados.
Fase
2
Para
reprocessamento de artigos ou equipamentos semicríticos (artigos que
entram em contato direto ou indireto com membranas mucosas do trato
respiratório inferior) quando possível realizar:
-
Esterilização a vapor (autoclavação).
-
Desinfecção química de alto nível.
-
Pasteurização (> 70º C) durante 30 minutos.
-
Métodos de esterilização a baixa temperatura para equipamentos ou
artigos sensíveis a calor ou umidade.
Fase
3
Após
a desinfecção proceder:
-
Enxágue.
-
Secagem.
-
Empacotamento (para evitar contaminação dos artigos).
Obs.
Usar preferencialmente água estéril
para enxágue
dos artigos ou equipamentos respiratórios semicríticos para artigos
submetidos a desinfecção química.
Caso
isto não seja possível, enxaguar o artigo com água filtrada (água
que tenha sido exposta a filtro de 0,2 m) ou água potável e
depois enxaguar com álcool
isopropílico e secar com ar comprimido ou em uma cabine de secagem.
-
Ventiladores mecânicos
•
Não
esterilizar ou desinfetar rotineiramente o maquinário interno dos
ventiladores mecânicos.
-
Circuitos respiratórios, umidificadores e dispositivos de troca de
calor e umidade
•
Trocar
os circuitos respiratórios no mesmo paciente, quando estiverem
visivelmente sujos ou com mau funcionamento mecânico.
•
Trocar
o circuito de umidificação (incluindo cateter nasal ou máscara)
que está sendo usado quando apresentar mau funcionamento ou se
tornar visivelmente contaminado.
•
Trocar
o dispositivo de troca de calor e umidade (heat
and moisture exchanger- HME) em uso
no mesmo paciente quando ocorrer disfunção mecânica ou se tornar
visivelmente sujo.
•
Não
trocar HME rotineiramente numa frequência
inferior a 48 horas quando em uso no mesmo paciente.
•
Não
trocar rotineiramente (na ausência de contaminação grosseira e mau
funcionamento) o circuito ventilatório conectado no HME em
uso no mesmo paciente.
-
Umidificadores de oxigênio
•
Entre
tratamentos num mesmo paciente, limpe, desinfete, enxágue com água
estéril (se o enxágue é necessário) e realize a secagem.
-
Tendas de nebulização
•
Entre
o uso em diferentes pacientes, troque as tendas e os nebulizadores,
reservatórios e circuitos após a desinfecção de alto nível ou
esterilização.
•
Realizar
desinfecção de baixo nível diariamente ou pasteurização seguida
de secagem com ar comprimido das tendas e os nebulizadores,
reservatórios e circuitos.
-
Respirômetros e termômetros ventilatórios
•
Entre
o uso destes em diferentes pacientes, esterilize ou realize
desinfecção de alto nível.
-
Ambu
•
Entre
o uso em diferentes pacientes, esterilize ou realize desinfecção de
alto nível em ambus reutilizáveis.
• Não
há recomendação em relação à frequência de troca de filtros
hidrofóbicos colocados na conexão com o ambu.
-
Máquinas de anestesia, circuitos ventilatórios, circuitos
inspiratórios e expiratórios, conexão em Y, bolsa reservatória e
umidificadores
• Não
realize rotineiramente esterilização ou desinfecção no maquinário
interno do equipamento anestésico.
•
Entre
o uso em diferentes pacientes, limpe os dispositivos reutilizáveis e
depois esterilize ou realize desinfecção química de alto nível ou
pasteurização de acordo com as orientações do fabricante dos
dispositivos em relação ao reprocessamento.
• Não
há recomendação em relação à frequência de limpeza e
desinfecção de válvulas unidirecionais e câmara de dióxido de
carbono.
•
Siga
as recomendações publicadas ou instruções dos fabricantes sobre a
manutenção, limpeza e desinfecção ou esterilização de outros
dispositivos ou conexões do sistema respiratório ou do circuito do
equipamento anestésico do paciente.
• Não
há recomendação em relação ao uso de filtro bacteriano no
circuito respiratório de equipamento de anestesia.
-
Equipamento de prova de função pulmonar
• Não
realize rotineiramente desinfecção ou esterilização do maquinário
interno das máquinas de teste de função pulmonar entre o uso em
diferentes pacientes.
•
Troque
a peça de boca e o filtro do espirômetro entre o uso em diferentes
pacientes.
3.
Cuidados com pacientes com traqueostomia
•
Realize
traqueostomia sob condições assépticas.
•
Quando
trocar o tubo da traqueostomia, use o avental, utilize técnica
asséptica e troque o tubo por outro que tenha sido submetido a
esterilização ou desinfecção de alto nível.
• Não
há recomendação relativa à aplicação diária de um agente
antimicrobiano tópico na traqueostomia.
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