O CPAP nasal na apneia obstrutiva
O CPAP tem como princípio, a
criação de um nível de pressão positiva na via aérea, situação que reduz a
possibilidade de colabamento dos alvéolos pulmonares, aumentando assim, a
capacidade residual funcional. Outros efeitos pulmonares observados são aumento
nos tempos inspiratórios e expiratórios e estabilização da respiração.
O CPAP aumenta a PaO2
através: 1) do recrutamento de alvéolos colapsados, com melhora na relação V/Q
(ventilação/perfusão); 2) do aumento da capacidade funcional residual com
diminuição do shunt Direita - Esquerda; 3) da regularização do padrão
respiratório. O ótimo nível do CPAP é aquele que se obtém a paO2 máxima com o
mínimo de efeito cardiovascular.
O CPAP nasal na apneia obstrutiva
diminui a resistência das vias supraglóticas (corresponde a 60% da resistência
pulmonar total) pelos seguintes mecanismos: dilatação mecânica da faringe e
nariz; aumento da capacidade funcional residual; propicia uma tração caudal das
vias aéreas superiores; aumenta o volume de gás torácico com dilatação das vias
aéreas inferiores, diminuindo a resistência e aumentando o tamanho da laringe.
O CPAP nasal abole as
alterações que ocorrem no sono REM (há diminuição da atividade dos músculos
adutores da laringe, diminuição da atividade tônica do diafragma e músculos
intercostais, resultando em uma movimentação assincrônica da caixa torácica com
desencadeamento do reflexo inibidor frênico com apneia) através do aumento da
capacidade funcional residual, diminuição a resistência das vias aéreas
superiores, melhora da oxigenação, melhora do tônus vascular pulmonar e
diminuição da complacência da caixa torácica).
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