Mobilização precoce na ventilação mecânica invasiva
1.
DEFINIÇÃO
Pacientes internados na UTI podem apresentar
disfunções respiratórias e musculares, e, ao longo do tempo, desenvolver
fraqueza neuromuscular e complicações do imobilismo, o que pode dificultar a
retirada da ventilação mecânica.
2.
OBJETIVO
A
fisioterapia atua no sentido de manter e/ou restabelecer a funcionalidade do
paciente por meio da prevenção de alterações osteomioarticulares e de
complicações respiratórias. O novo perfil do doente crítico na UTI requer a
aplicação de protocolos de mobilização precoce.
3.
INDICAÇÃO E CONTRA INDICAÇÃO
Indicações
A
mobilização precoce deve ser iniciada em menos de 72 horas do início da VM,
pois é viável, segura e resulta em benefícios funcionais significantes
Contra-Indicação
Cardiopatas graves, Hipertensão
Intracraniana, Pneumotórax não drenado..
4.
MATERIAL NECESSÁRIO
Fisioterapeuta;
Eletroestimulação;
Cicloergômetro
5.
ORIENTAÇÃO AO PACIENTE
PRÉ-PROCEDIMENTO
Orientar sobre os exercícios a serem realizados como a
frequência, a intensidade e o posicionamento.
6.
FLUXOGRAMA DO PROCESSO
Não aplicável
7.
DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
Responsável: Fisioterapeuta
Mudança de decúbito e posicionamento
funcional;
Mobilização passiva;
Mobilização ativo-assistida;
Mobilização ativa;
Uso estimulação elétrica
neuromuscular;
Ortostatismo;
Marcha estática;
Transferência da cama para a poltrona;
Exercícios na poltrona;
Deambulação;
Cicloergômetro durante 20 minutos por
dia, de forma contínua ou intermitente, iniciando com movimentos passivos e
evoluindo para ativos de acordo com a melhora do paciente.
Este protocolo estabelece cinco níveis
de atividade, iniciando com a mobilização passiva para membros superiores
(MMSS) e membros inferiores (MMII) (nível 1). A progressão do nível de
mobilização está de acordo com o nível de consciência. Quando o paciente
apresentar-se consciente é iniciado a mobilização ativa de extremidades (nível
2). Em seguida, caso seja capaz de mover MMSS contra gravidade, é realizada
transferência assistida do paciente para sentar na borda da cama e realizar
controle de tronco e equilíbrio (nível 3). Neste mesmo nível, se o paciente
tiver força muscular em MMSS (MRC > ou = 4) para flexão de cotovelo e flexão
anterior do ombro, iniciará aeróbica e/ou contra resistida. Nessa progressão,
caso o paciente apresente Medical Research Council - MRC > ou = 4 para MMII,
o mesmo deverá ser transferido ativamente para a poltrona (nível 4). Por
último, podendo realizar a flexão de quadril e extensão de joelho contra a
gravidade, deverá iniciar a deambulação.
8.
ORIENTAÇÃO DO PACIENTE E/OU FAMILIAR
PÓS PROCEDIMENTO
Orientar sobre a necessidade do
descanso após cada ciclo de exercícios.
9.
PONTOS CRÍTICOS E RISCOS
Dor ou desconforto, associados à
fadiga muscular e sensação de cansaço durante e/ou logo após a realização dos
exercícios, sendo que esses riscos são minimizados com um período de descanso
entre as sessões.
10.
REGISTRO
Na folha de evolução diária no prontuário do paciente.
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