Ventilação mecânica na síndrome do desconforto respiratório agudo - SDRA
1.
DEFINIÇÃO
A Síndrome do Desconforto Respiratório
Agudo - SDRA é classificada (Definição de Berlim) como SDRA leve, moderada e
grave.
2.
OBJETIVO
Empregar
um sistema rotineiro de identificação de pacientes com SDRA usando a queda da
relação PaO²/FiO² e infiltrado bilateral na radiografia de tórax, visando
adequar a ventilação ao quadro do paciente.
3.
INDICAÇÃO E CONTRA INDICAÇÃO
Indicações
A
SDRA é uma das complicações comumente observadas em pacientes com sepse grave,
politraumatismos graves, afogamentos.
Contra-Indicação
Não aplicável.
4.
MATERIAL NECESSÁRIO
Ventilador mecânico
Fórmulas:homens: 50 + 0,91 x (altura em cm - 152,4);
mulheres: 45,5 + 0,91 x (altura em cm - 152,4).
5.
ORIENTAÇÃO AO PACIENTE
PRÉ-PROCEDIMENTO
Se possível orientar o paciente, sobre a necessidade de
sedação para realização da intubação e posterior ventilação.
6.
FLUXOGRAMA DO PROCESSO
Não aplicável
7.
DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO
Responsável: Médico e Fisioterapeuta
Modalidade: PCV ou VCV;
Se SDRA leve, sob ventilação assistida, VC deve ser ajustado em 6mL/kg (considerando-se peso predito).
Na SDRA moderada ou grave, sob ventilação assistida ou controlada, VC deve ser ajustado entre 3 e 6mL/kg (considerando-se
peso predito).
Fluxo: necessário para manter a demanda do
paciente - 40 a 60L/minuto (VCV) e livre (PCV);
Usar a menor FiO² possível para garantir SpO² >92% em todos as categorias de
gravidade SDRA.
Buscar manter pressão de platô (Pplatô) ≤ 30 cmH²O.
Em casos de SDRA moderada e grave, quando
a PEEP usada for elevada (geralmente
> 15 cmH²O), pode-se tolerar Pplatô
de no máximo 40 cmH²O, desde que necessariamente a pressão de distensão seja
mantida ≤ 15 cmH²O.
Iniciar com frequência respiratória (f) 20rpm e, caso necessário, aumentar até
35rpm, desde que não ocasione auto-PEEP, de acordo com a PaCO² almejada (manter
< 80 mmHg). Em casos de SDRA moderada ou grave, submetidos a estratégia de
hipercapnia permissiva com VC ≤ 6mL/kg de peso predito, a f pode ser ajustada
até 45rpm, desde que não ocasione auto-PEEP.
8.
ORIENTAÇÃO DO PACIENTE E/OU FAMILIAR
PÓS PROCEDIMENTO
Orientar sobre a necessidade da
prótese ventilatória para restabelecimento da ventilação espontânea.
9.
PONTOS CRÍTICOS E RISCOS
Buscar manter o diferencial de pressão
platô - PEEP (chamado de pressão de distensão, pressão motriz inspiratória ou
driving pressure) ≤ 15cmH²O para todas as categorias de gravidade SDRA.
Evitar utilizar PEEP < 5 cmH²O em paciente
com SDRA.
10.
REGISTRO
Na folha de evolução diária no prontuário do paciente.
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